sábado, 23 de janeiro de 2010

Amora, hoje!

Numa altura em que poucos são os que nascem na Amora, Amorense é todo aquele que cresceu e se formou como cidadão na cidade de Amora, mesmo que hoje divida o seu tempo com outras cidades. Mas Amorense é também todo aquele que escolheu a Amora para se fixar e procurar as oportunidades que o façam ter uma vida melhor.


Amora é neste momento uma cidade da área metropolitana de Lisboa com uma grande diversidade populacional, albergando diferentes gerações e culturas. Amora é também uma freguesia densamente populada, estimando-se que alberga actualmente mais de 60.000 habitantes, tornando-se a maior do concelho, logo seguida de Corroios.


Numa freguesia de tamanha dimensão, é normal presenciarmos os mesmos problemas que qualquer grande cidade enfrenta neste inicio do seculo XXI. A freguesia de Amora vive hoje com problemas a nivel de segurança onde grupos organizados de forma mais ou menos formal, tentam fazer dinheiro pelo roubo ou tráfico de droga. Pela dimensão geográfica que a freguesia tem, existem habitantes que ficam muito afastados dos principais serviços, como seja, locais onde possam tratar dos seus contratos da água ou tratar de certificados de residência. Pelo crescente acolhimento de novos imigrantes, sente-se a falta de um serviço orientado à imigração que os permita mais eficazmente integrar na sociedade Portuguesa, quer seja na procura de trabalho, de habitação e de cuidados médicos.


A Amora enfrenta hoje inúmeros desafios. Mas a Amora tem sabido crescer. E é preciso agradecer o esforço e trabalho de todos os dirigentes autárquicos e associativos locais que têm procurado manter a identidade que hoje nos caracteriza. Mas é também preciso ao sistema de governação local, saber adaptar-se às novas realidades sociais que hoje a cidade enfrenta e nesse ambito são muitos os desafios no horizonte.


Nesta nova realidade, é importante criar as condições certas para que novos casais se fixem na Amora, sem ter a necessidade de ir procurar melhores condições de Vida noutras cidades vizinhas como Almada ou Lisboa. São necessários conservar, remodular e equipar os jardins- escola, as escolas primárias, preparatórias  e secundárias. É necessário ter um centro de saúde com serviços ajustados à dimensão populacional, nomeadamente ao providenciar um médico de familia para todos e um hospital no concelho. Torna-se também necessário criar programas de apoio à iniciativa empresarial local com a criação de um parque industrial na cidade. É necessário o aumento de efectivos das forças de segurança púlica, bem como fomentar as acções coordenadas entre as várias forças de segurança e investir mais em actividades de prevenção e investigação criminal.


Não basta dizer que a responsabiidade nas áreas da segurança, saúde e emprego, são somente responsabilidade do governo central. Cabe aos dirigentes autárquicos locais defender da melhor forma as necessidades e ansiedadas das suas gentes e propor novas formas de resolução desses problemas.


Por isto tudo o CDS tem procurado lutar e assim vai continuar.
Como membro da Assembleia de Freguesia de Amora, procurarei defender os interesses de todos os Amorenses.


Um grande abraço,
Ricardo Pessoa
Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP, Seixal
Membro da Assembleia de Freguesia de Amora

3 comentários:

  1. Viva Ricardo. Genericamente a tua análise tem pontos com que concordo, mas gostava que pudesses dizer onde irias colocar um Parque Indústrial numa zona com a densidade populacional e urbanistica como Amora tem.

    Concordo contigo com a parte em que referes a também responsabilidade da autarquia nas questões que habitualmente se desculpa com o governo, é positivo ver o CDS falar nisto, embora a nota do trabalho positivo feito seja também ela justa.

    Agora, o facto de o CDS-PP ter votado favoravelmente o orçamento deste ano é sinal que o que lá está vos agrada totalmente? É que deste modo o teu post pode ser algo dúbio.

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  2. Olá Nelson! Agradeço desde já o teu comentário.

    Acho que projectos grandes como é a criação de um parque industrial/empresarial local, ou seja, projectos que vão muito para além das simples reparações dos passeios da freguesia (como chamou a atenção o vosso partido na última assembleia), têm que ser abordados de forma aberta. É necessário criar grupos de trabalho que possam estudar a viabilidade dos mesmos, que possam expor de forma concreta os maiores entraves à sua implementação. Só a partir daí se pode perceber de que forma podem esses obstáculos ser contornados ou de que forma se pode reformular a ideia original, para a adaptar à realidade da nossa freguesia. O argumento simples de que não temos condições, não basta. De qualquer forma, acho que a nossa densidade populacional não representa qualquer entrave ao mesmo. Em termos urbanísticos, acho que não existe falta de espaço na nossa Freguesia. A construção da nova circular entre o Talaminho e a Medideira poderia ser uma boa oportunidade para fazer integrar um projecto deste tipo, colocando-o numa zona privilegiada da nossa cidade e integrando-o no orçamento de uma grande obra.

    Quanto á votação do orçamento anual da freguesia, reconhecemos que somos um partido novo na Assembleia de Amora e estamos conscientes do nosso pouco conhecimento em matérias orçamentais, o que nos permitia dois votos possíveis quanto ao orçamento apresentado: a abstenção ou o voto favorável. Optámos pela segunda posição, pois queremos que este seja o orçamento da freguesia e não o orçamento da CDU. Interessa-nos mais poder fiscalizar a aplicabilidade do orçamento vigente do que nos pormos à parte do mesmo. Por outro lado, existem alguns projectos que temos na gaveta que queremos ver introduzidos em orçamentos futuros e o facto de votarmos a favor neste orçamento, vem cimentar a nossa posição de evitar fazer oposição pela oposição e procurar trabalhar nas soluções pela Amora.

    Abraço, Ricardo

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  3. http://cheira-mal-no-seixal.blogspot.com/2010/02/os-blogs-sao-da-moda.html

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